A exploração do trabalho infantil no Brasil em evidência nesta quarta – feira



Comissão de Direitos Humanos aprovou requerimento para a realização de audiência pública, sobre a questão do trabalho infantil.Cerca de 80 mil crianças trabalham no cultivo e preparo das folhas de fumo no Paraná.

O Senador Flávio Arns propôs a realização de audiência pública para pedir esclarecimentos às autoridades responsáveis pela fiscalização do trabalho infantil no Estado.

A intenção é procurar alternativas para que as famílias não trabalhem em regime de exploração do trabalho infantil, devido ao interesse dos empregadores em obter custos baixos na produção.

As crianças e adolescentes participam da colheita e classificação de folhas de fumo que são vendidas às fábricas de cigarro.

A denúncia partiu do Ministério Público e da polícia Militar.

A audiência pública promovida pela Comissão de direitos humanos e Legislação Participativa do Senado, está marcada para quarta – feira dia 2 às 14hrs e 30 mins.


A Organização Internacional do trabalho (OIT) anunciou em Brasília anos atrás, que pela primeira vez a exploração do trabalho infantil diminuiu significativamente em todo o mundo.

Entre 2000 e 2004, o número de crianças e adolescentes trabalhadores caiu de 246 milhões para 218 milhões, redução de 11%.

O Brasil, foi citado como exemplo, apresentou uma redução de 61% entre 1992 e 2004.

Indústrias têxteis, e fazendas de algodão, estão se empenhando em legalizar as condições de trabalho e ainda conseguir selo social submetendo as empresas à avaliação da Associação Brasileira de Normas Técnicas e do Ministério do Trabalho e Emprego.(Dados do site de Procuradoria Geral dos Direitos do Cidadão)

Esses dados apontam que este é o caminho a ser seguido, a vontade política de vários países, uma maior conscientização do problema e ações concretas, voltadas principalmente para a educação e redução da pobreza, resultaram nesses números.

Na China, pais de crianças seqüestradas para o trabalho escravo, tiveram seus filhos espancados, violentados e mortos, as imagens dos maltratos , chocou o mundo e graças a internet e a liberdade de imprensa, houve alguma movimentação por parte da política da China, que tenta convencer de que o governo está preocupado em resolver seus problemas.

Os países desenvolvidos também estão na lista … pasmem!

Kevin Bales, sociólogo norte-americano, tem obra intitulada Gente Descartável no qual cita uma das escravas domésticas francesas, entre talvez 3.000 escravos domésticos em Paris.

Prova de que desenvolvimento econômico não é sinônimo de consciência humanitária.

Esperamos ainda, que os números de redução da exploração infantil se multipliquem, a caminho da evolução humana, e que a discussão desta quarta – feira chegue a bons resultados, para as famílias do Paraná.

Teka

Redatora e ilustradora de conteúdo para sites na internet. Curiosa, pesquisadora e investigativa. Tinha o sonho de se tornar astronauta. Acredita que um dia encontrará a "arca da aliança" e trocará informações com civilizações avançadas de outros planetas. Casada há 20 anos, mãe de 3 filhos, compartilhando experiências.

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