O parto cesárea possui características e técnicas utilizadas em tempos remotos. A cesárea ou cesariana é uma operação cirúrgica que permite a extração do bebê através da abertura cirúrgica da parede abdominal e uterina, sendo talvez a mais intrigante e a mais antiga intervenção obstetrícia. Acredita -se que o nome se deu através da lei romana Lex Cesarea, que obrigava a operar para salvar o feto, toda mulher com estado adiantado de gestação, que estivesse à morte , ou que estivesse morrido após o parto.
O parto cesárea é seguro?
A intervenção em mulheres vivas, era praticamente inviável, até que um suíço, Jacob Nuffer, que era castrador de porcos, operou a própria esposa após vários dias de trabalho de parto, no ano de 1500.
A cesárea continuou a ser praticada de diversas maneiras, geralmente resultando na morte da mãe em 50% dos casos, as causas se davam por hemorragia ou infecção.
No século XIX, a solução parecia a retirada do útero após cada operação, para se evitar a infecção, resultando em 20% da mortalidade das parturientes.
Posteriormente, a técnica foi mais uma vez aperfeiçoada até chegar aos dias de hoje, como a intervenção cirúrgica mais segura no campo da obstetrícia.
Hoje o que se administra são antibióticos, anestesia, tranfusões de sangue, e uma técnica bem empregada, além de uma justificativa para que se realize a operação.
Quando se indica a cesárea?
As justificativas para que se proceda a cesariana devem ser, a obstrução do canal do parto, como bacias mal formadas, ou muito estreitas, feto muito grande, posição fetal inviável para o parto normal, descolamento da placenta, ou ainda a necessidade urgente do término do trabalho de parto, por doenças da mãe como lesões cardíacas, renais, ou hepáticas, e tuberculose pulmonar.
O processo da intervenção cirúrgica também se justifica no caso de sofrimento fetal, falta de oxigênio, com possível lesão cerebral, que ocorrem em partos prolongados e difíceis, com fórceps mal aplicados, partos pélvicos, (onde o bebê está sentado), e em casos em que a mãe sofra de diabetes, incompatibilidade sanguínea por grupo sanguíneo ou fator RH.
O feto também corre risco caso a mãe esteja em sua primeira gestação com mais de 35 anos, e ou tenha sofrido uma esterilidade prolongada.
Após uma cesariana a mãe poderá sofrer parto normal, caso as justificativas do parto anterior não persistam, hoje em dia isso é possível devido ao material adequado utilizado na sutura , que permite que a regeneração do segmento do útero, pelo aparecimento de novas fibras.