O momento de ser mãe é sem dúvida o mais marcante na vida de uma mulher.
A espera da chegada do bebê, é cheia de cuidados e preparações, cuidados com a alimentação, acompanhamento pré Natal, e a preparação do quartinho, assim como roupinhas e decoração.
Todo esse clima de espera tornam essa experiência ainda mais emocionante, mas o que muitos pais temem, é que seu filho tenha alguma deficiência, e não seja “normal”, como o filho do vizinho, e mesmo que a deficiência seja diagnosticada ainda no ventre da mãe, há sofrimento por parte de toda família.
Como amenizar o sofrimento ao nascer uma criança com deficiência na família
É importante que saibamos que uma criança com deficiência visual, auditiva, ou cerebral, ainda é uma criança, e como toda criança terá sentimentos e reações comuns a sua idade.
Penetrar no mundo desses seres especiais será uma escola, e como em toda escola, teremos que passar por avaliações … várias avaliações.
Um dos maiores obstáculos talvez seja a aceitação da vida como ela se propõe.
Aceitar uma tia tagarela, uma vizinha fofoqueira ou um patrão ranzinza já pode ser considerado um sacrifício para algumas pessoas, portanto não irei fazer aqui um discurso sobre o quanto é um presente ter um deficiente na família,(como assim é), pois poderá parecer que é tudo muito fácil e prazeiroso, e eu estaria sendo no mínimo mentirosa, perante a muros e obstáculos que deverão ser enfrentados.
As limitações de uma pessoa que depende de você, traz cansaço, fadiga, e estress, além de fazer parecer que o mundo não exista mais para si mesma, reconheço, mas também nos traz força, maturidade, confiança, e uma percepção diferente das coisas, além de um amor incondicional, que só pessoas que atravessam os maiores problemas juntos podem sentir um pelo outro.
Comece aceitando o barco que a vida lhe deu, e perceberá que será muito mais fácil navegar assim.
Para facilitar o tratamento com crianças limitadas, comece as tratando de forma natural, sem superproteção.Esta talvez seja a sua segunda maior prova, depois da aceitação.
O primeiro impulso de uma mãe é socorrer o filho de tudo que pareça ameaçador, mas quando uma criança normal está aprendendo a andar, levará tantos tombos quanto uma criança deficiente visual por exemplo, ou até mais, por poder enxergar e assim se arriscar com mais ousadia.Portanto não se desespere ou se encha de culpa se seu filho cair por ter batido a cabeça na porta, ou não haver se segurado em local seguro.
Sair correndo e fazer deste tipo de acidente um temporal, também só irá atrapalhar o desenvolvimento do seu filho, que terá a percepção de que deve contar com você pra tudo, e poderá não desenvolver autonomia.
Deposite confiança no seu filho deficiente
Acredite que seu filho pode e deve alcançar o pico mais alto que ele puder, como qualquer criança da idade dele.
Não o exclua do círculo social normal, ele tem o direito de conhecer o mundo, as pessoas, e assim poder desenvolver critérios , e fazer julgamentos e escolhas.
Está difícil?Acompanhe o exemplo de Dona Doralice:
“Quando soube que o Alexandre era cego, procurei ajuda em uma escola especializada. Passei a aceitar a condição deles e a entender que precisavam aprender a se virar sozinhos, pois eu não poderia ajudá-los para sempre”.
Quando os três filhos saíram sozinhos pela primeira vez, Doralice os seguiu sem que eles soubessem. “Foi terrível deixá-los andar sozinhos. Várias vezes eu os via em situação de perigo e tinha vontade de gritar para eles tomarem cuidado, mas não podia reagir para não atrapalhá-los”, recorda-se.
Hoje, os irmãos usam transporte público, viajam sozinhos, fazem faculdade de gestão de RH e são medalhistas em atletismo. “Graças à minha mãe, somos totalmente independentes. Fazemos qualquer coisa, como qualquer pessoa”, diz Alexandre.
(Doralice da Silva Nascimento, 45, mãe de Anderson, 25, Alexandre, 23, e André, 19, que nasceram cegos).
Folha de SP
É essencial procurar por estímulos
Hoje em dia há escolas que ajudam os pais a lidar com a situação do deficiente, e a estimular o seu desenvolvimento a partir de profisasionais qualificados.
O Brasil conta com algumas entidades sociais que atuam bem nesta área, conheça algumas delas, informe – se e aproveite seus recursos:
Associação de Assistência à Criança Surda
Centro de Orientação e Reabilitação Beneficente de Inhaúma
Sociedade Beneficente de Anchieta – SBA
AACD
Os profissionais que atuam nesse segmento deveriam ganhar melhores salários. Um abraço. Drauzio Milagres.