A Dislexia tem base neurológica e existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um gene de uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que, por ser dominante, torna Dislexia altamente hereditária, o que justifica que se repita nas mesmas famílias.
O disléxico tem mais desenvolvida a área específica de seu hemisfério cerebral lateral-direito do que leitores normais. O que justificaria seus “dons” como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade, artes, atletismo, mecânica, visualização em 3 dimensões, criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas;
Ou seja, uma pessoa dislexa não é nem de longe burra ou incapaz, apenas diferente da maioria, mas que se comparada com pessoas ditas normais, podem super – las em algumas área.
A Dra. Sally Shaywitz, da Yale University, anunciou uma significativa descoberta neurofisiológica, que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura;
O Dr. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos inter-relacionados no ato de ler: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que, mais tarde, foram estudados pelo Dr. William Lovegrove e seus colaboradores, e demonstraram que crianças disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença na fixação visual ao ler; mas que os disléxicos, porém, encontraram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correr dos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo com que a palavra passasse a ser percebida, visualmente, como se estivesse borrada, com traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras que formavam a palavra escrita.
Como diagnosticar a Dislexia
Não é fácil diagnosticar a Dislexia em crianças na primeira infância, por que os sintomas são extremamente sutis, e muito parecidos com os que apresentam qualquer criança da mesma idade.
A questão do atraso na fala pode ser um forte sinal de Dislexia, principalmente se há casos na família.
Na Primeira Infância:
1 – atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 – atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de palavras;
3 – parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo;
4 – distúrbios do sono;
5 – enurese noturna;
6 – suscetibilidade à alergias e à infecções;
7 – tendência à hiper ou a hipo-atividade motora;
8 – chora muito e parece inquieta ou agitada com muita freqüência;
9 – dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 – dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.
Sinais de alerta a partir dos 7 anos de idade
Nesta fase a ajuda do professor na escola poderá ser fundamental, principalmente se a criança demonstrar inteligência, mas ir mal na escola.
1 – pode ser extremamente lento ao fazer seus deveres:
2 – ao contrário, seus deveres podem ser feitos rapidamente e com muitos erros;
3 – copia com letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve;
4 – a fluência em leitura é inadequada para a idade;
5 – inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever;
6 – só faz leitura silenciosa;
7 – ao contrário, só entende o que lê, quando lê em voz alta para poder ouvir o som da palavra;
8 – sua letra pode ser mal grafada e, até, ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre si;
9 – pode omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas;
10 – esquece aquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou semanas;
Dica:
É mais fácil da criança ou adulto dislexo ler e escrever, se ler a palavra em mente antes de falar ou escrever.
Pratique!
Muito interessante a matéria.
Abraços forte